Uma Tristeza que Mata

O Sofrimento Ético-Político dos Laklãnõ Xokleng em Frente à Barragem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.32870/punto.v11i21.275

Palavras-chave:

efeitos psicossociais, violação do Estado, direitos indígenas, sofrimento ético-político

Resumo

Este estudo documental buscou analisar alguns dos efeitos psicosso- ciais da barragem construída na Terra Indígena Laklãnõ Xokleng, no Brasil. Os resultados apontam para a existência de um “sofrimento éti- co-político” decorrente da violação de direitos pelo Estado, em razão da falta de reconhecimento de sua humanidade. O modo de vida indígena foi invadido, mas eles encontraram formas de viver à sua maneira. A luta e a resistência nas experiências de coletivização se traduzem em novos modos de viver juntos.

Tradução

Este artigo é uma tradução em Português (Brasil) do artigo:  tristeza que mata

Biografia do Autor

Iclicia Viana, Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago

Doutoranda em Psicologia na Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. Áreas de pesquisa: racismo, povos indígenas, políticas sociais.

Kátia Maheirie, Universidade Federal de Santa Catarina

Profesora visitante del Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil. Profesora titular aposentada del Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. Doctora en Psicología Social por la Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Áreas de pesquisa: psicologia social, psicologia política, estética e política, consultórios estéticos, arte e coletivos, subjetivação política, processos de parentalidade e políticas de assistência social.

Referências

Cruz, F. S. M. (2021). Letalidade branca: negacionismo, violência anti-indígena e as políticas de genocidio [Tesis de doctorado en Antropología]. Universidad de Brasilia.
Decreto nº 9.214 (15 de diciembre de 1911). Cámara de Diputados, Brasil. Recuperado el 15 de febrero de 2025 en https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1910-1919/decreto-9214-15-dezembro-1911-518009-publicacaooriginal--1-pe.html
Dussel, E. (2010). Meditações Anticartesianas sobre a origem do antidiscurso filosófico da modernidade. En B. Sousa Santos y M. P. Meneses, Epistemologias do Sul (pp. 341-395). Cortez.
Fanon, F. (1968). Os condenados da terra. Civilização Brasileira. Gakran, N. (2015). Elementos Fundamentais da Gramática Laklãnõ [Tesis de doctorado en Lingü.stica]. Universidade de Brasília .
Ladik Antunes, D. y Nunes Junior, O. (2023). O “Caso Xokleng”: eventos históricos e conflitos ambientais territoriais na Terra Indígena Ibirama-Laklãnõ. Revista Tempo E Argumento, 15(40), e0106. https://doi.org/10.5965/2175180315402023e0106
Monteiro, J. M. (1994). Negros da Terra. Índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. Companhia das Letras.
Namblá, M. (2015). Infância Laklãnõ: ensaio preliminar [Tesis de la Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica]. Universidade Federal de Santa Catarina.
Ndilli, N. C. V. (2015). Mudanças Socioambientais na Comunidade Xokleng Lakãnõ a partir da construção da Barragem Norte [Tesis de la Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica]. Universidade Federal de Santa Catarina.
Núñez Longhini, G. D. (2022). Nhande ayvu é da cor da terra: perspectivas indígenas guarani sobre etnogenocídio, raça, etnia e branquitude [Tesis de doctorado interdisciplinar en Ciencias Humanas]. Universidade Federal de Santa Catarina.
Patté, A. R. U. (2015). Barragem Norte na Terra Indígena Laklãnõ [Tesis de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica]. Universidade Federal de Santa Catarina.
Priprá, Deboraa L. (2023). O tempo do mato: memórias da organização social e política do povo Laklãnõ Xokleng [Tesis de licenciatura en Ciencias Sociales]. Universidade Federal de Santa Catarina.
Priprá, Walderes C. (2021). Lugares de acampamento e memória do povo Laklãnõ/Xokleng, Santa Catarina. [Tesis de Maestría en Historia]. Universidade Federal de Santa Catarina.
Quijano, A. (1992). Colonialidade e Modernidade/racionalidade. Perú Indígena, 13(29), pp. 11-20.
-----. (1999) ¡Que tal raza! Ecuador Debate. Etnicidades e Identificaciones, (48), pp. 141-152. Revista Piauí (2023, 29 de agosto). A luta do povo Xokleng pela terra [video]. Youtube. Recuperado el 15 de marzo de 2025 en https://www.youtube.com/watch?v=6UYSMCFXyPQ&t=34s.
Ribeiro, D. (1996). Os índios e a Civilização (7ª ed.). Companhia das Letras.
Rocha de Melo, C. (2013). A experiencia na Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica. Século xxi, Revista de Ciências Sociais, 3(1), pp. 120-148.
Sawaia, B. (Org.) (2001). “Introdução: Exclusão e Inclusão perversa? En As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social (2ª ed.) (pp. 7-13). Vozes.
-----. (2014). Sofrimento ético-político como categoria de análise da dialética exclusão/inclusão. En As artimanhas da exclusão: Análise psicossocial e ética da desigualdade social (13ª ed.) (pp. 97-118). Vozes.
Sawaia, B. B. y Maheirie, K. (2014). A psicologia sócio-histórica: um referencial de análise e superação da desigualdade social. Psicologia & Sociedade, 26(spe2), pp. 1-3. https://doi.org/10.1590/S0102-71822014000600001
Santos, S. C. (1973). Índios e Brancos no Sul do Brasil-a dramática experiência dos Xokleng. edeMe.
Smith, L. (2018). Descolonizando metodologias: pesquisa e povos indígenas (R. G. Barbosa, Trad.). Universidade Federal do Paraná.
Souza Lima, A. C. (1995). Um Grande Cerco de Paz. Poder tutelar, indianidade e formação do Estado no Brasil. Vozes.
Tuxá, I. (2022). Territorialidade e subjetividade: um caminho de retomada do ser. En Articulação Brasileira dos(as) Indígenas Psicólogos(as) (org.), Pintando a psicologia de jenipapo e urucum: narrativas de indígenas psicólogos(as) no Brasil (pp. 13-21). Casa Leiria. (Série Saberes Tradicionais, 5).
Wittmann, L. T. (2007). O vapor e o botoque: imigrantes alemães e índios Xokleng no Vale do Itajaí/SC (1850-1926). Letras Contemporâneas.

Downloads

Publicado

2025-09-17

Como Citar

Viana, I., & Maheirie, K. (2025). Uma Tristeza que Mata: O Sofrimento Ético-Político dos Laklãnõ Xokleng em Frente à Barragem. Punto Cunorte, 11(21), e21241. https://doi.org/10.32870/punto.v11i21.275